Este é um breve relato da experiência de uma psicóloga que decidiu agir e mudou a vida de muitas pessoas na Cidade de São Paulo.

“Havia uma demanda enorme. Eu era a única psicóloga numa Unidade Básica de Saúde cercada por cinco escolas, onde 80% dos alunos apresentavam algum tipo de problema. Existia uma fila de dois anos para atendimento psicológico.

Não havia como atender essa demanda. Então, você começa a pensar: o que eu posso fazer para ajudar?” Foi assim que a psicóloga Luci Lurico Oi iniciou seu trabalho frente à Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.

Tudo começou com a criação dos Cen’tros de Convivência, um projeto voltado para a desospitalização e integração de doentes mentais. A ideia era viabilizar a convivência desses pacientes com a população.

Para tanto, foram oferecidas atividades terapêuticas tais como caminhada, jogos, músicas e o Tai Chi Pai Lin foi agregado ao projeto.

O programa foi um sucesso, principalmente porque a população idosa se identificou e aderiu à ideia. A psicóloga esclarece que o Tai Chi Pai Lin trabalha a saúde sob três aspectos: corpo, mente e espírito. “Para a Medicina Oriental a doença é um desequilíbrio e a busca pelo equilíbrio reestrutura o ser fazendo-o voltar ao seu estado normal de saúde”.

Apesar de a Medicina Tradicional ser incentivada pela Organização Mundial de Saúde¹,  há profissionais que não acreditam nesse tipo de prática, resistência que vem sendo vencida por meio de pesquisas que provam a melhoria na saúde dos pacientes.

Os resultados mostram aumento da confiança, disposição, resistência física e bem-estar, diminuição da ansiedade e melhora no humor. Mas o mais importante foi a redução do uso de medicamentos.²

Para a maioria dos profissionais da área médica existe uma relação entre consciência, saúde e bem-estar . Benefícios físicos, mentais e emocionais são experimentados por aqueles que buscam alinhar o pensamento com idéias de saúde, equilíbrio e espiritualidade.

“Transformai-vos pela renovação da vossa mente”³, é uma citação bíblica que ratifica os ensinamentos apresentados pela medicina oriental, na qual a consciência do paciente é fundamental para a promoção da saúde. Enxergar-se como um ser ativo nesse processo possibilita a melhora física e mental.

Os efeitos do trabalho de Luci Lurico Oi são visíveis na melhoria da qualidade de vida de cada paciente. “Sem sofrer e sem gastar, a pessoa recupera a saúde e volta a ser feliz! Existe algo que te gratifique mais do que isso?”, questiona a psicóloga. Para mim, suas experiências confirmam o fato de que a consciência governa o corpo.

Como um artista que aperfeiçoa seu trabalho tendo em mente o modelo desejado, é possível manifestar no corpo as idéias mantidas no pensamento.

Entretanto, para se ter melhor saúde, é preciso saber qual modelo está nos guiando: a doença e a tristeza ou a saúde e a alegria. Ao formar bons modelos no pensamento e contemplá-los continuamente, eles se expressam em vidas saudáveis, alegres e equilibradas. Quem não gostaria de ver essas qualidades mais presentes em nossa sociedade?

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Andrea Cabral é advogada e jornalista. Atua como porta-voz da Ciência Cristã no Brasil e é colunista do portal SP Jornal.

E-mail: brazil@compub.org